quarta-feira, 14 de março de 2007

Adeus, ginásio!



Tomei uma decisão: deixar o ginásio. Por várias ordens de razões.

Primeiro, porque abomino ginásios, a cultura de ginásio, a estética da cultura de ginásio, a conversa de ginásio e por aí adiante.

Segundo, porque há mais de um ano que pago uma mensalidade que não é irrisória por um serviço de que usufruo esporadicamente. Sou, portanto, uma boa cliente. Ou, se preferirem, pago para aplacar uma má consciência, que permanece por resolver de forma eficaz.

Terceiro, last but not least, é a segunda vez que faço uma tentativa de fazer ginásio com regularidade e... engordo. Da vez anterior, engordei dois quilos num mês. Desta vez, tendo cuidado com a alimentação, não perdi um grama. E não, também não perdi volume, pelo que não creio que o aumento de peso se deva a mais massa muscular (além de que ninguém me sabe dizer quanto tempo a massa muscular "nova" demora a formar-se). Medido na maquineta, da vez anterior, que foi há uns meses, ao fim de quatro semanas tinha mesmo mais massa gorda do que no início. Há qualquer coisa no meu metabolismo que funciona idiossincraticamente com o exercício, pelo que, até perceber o que é, me recuso a gastar 700 euros por ano em vão.

E também não vou ficar parada. Comecei por tirar o passe e passar a andar de metro, escada acima, escada abaixo. Hoje, fui almoçar com uns amigos à Amadora... de comboio, escada acima, escada abaixo. Há dois dias que não tiro o carro da garagem. Além de que redescobri o gosto sociológico leve e solto pela gente diversa que coabita comigo no metro.

Mais: proponho-me a andar a pé, coisa que já tinha feito, com bons resultados, no Verão passado. Todas as noites, uma volta de 40 minutos ao quarteirão. Pode ser um bocadinho monótono, sim, mas da passadeira também não se avista grande paisagem...


E consegui não falar de chás, hem?


Beijos e abraços,

Zen



1 comentário:

menos dez disse...

Como eu te percebo bem: não suporto ginásios! Existe ali uma espécie de energia que a mim me parece sempre muito pouco positiva, muito centrada no corpo, mas de fora para dentro, com muita tensão no ar.E chegar ao fim de um dia de trabalho já de si stressante, de andar sempre com pressa, não consigo suportar um ambiente desses.
O único sitio em que gostei de praticar alguma modalidade, foi numa academia de dança contemporânea, onde fiz pilates, e aí era bom chegar, ficar sem sapatos, com uma música serena, com pessoas interessadas no corpo, mas de dentro para fora...
Caminhar é sem dúvida bem mais interessante (para além de barato) que qualquer ginásio e eu sempre que posso ando 1 hora por dia e sinto-me optimamente.Só têm o inconveniente de depender da meteorologia...
Bjocas e força nessa luta...